Na praia de banhos, 1915















Álvaro Laborinho (1879-1970)
Na praia de banhos e promontório, 1915
MDJM inv. 1305 Fot.



Em período de férias de verão, destacamos uma das fotografias de Álvaro Laborinho (1879-1970) sobre a Nazaré “praia de banhos”.
A imagem retrata um trecho da praia, vendo-se o Promontório com o Forte de S. Miguel e, no areal, filas de barracas brancas. No mar, várias pessoas tomam banho com auxílio dos banheiros.

A Nazaré identifica-se como uma das mais tradicionais vilas piscatórias portuguesas e também como uma das mais concorridas “praias de banhos” do litoral oeste.
É desde os finais do século XIX / primeira metade do século XX, que prescrições médicas e novos conceitos de saúde e lazer trazem à Nazaré cada vez mais veraneantes, oriundos sobretudo do Ribatejo. Vir a banhos obedecia a um ritual de convívio anual.

Álvaro Laborinho fotografou os hábitos balneares à época.
Hoje, estas imagens continuam a convidar-nos a vir à Nazaré, para desfrutarmos de uns tempos de descanso e lazer, na continuidade de uma reconhecida tradição! 

Actualmente, a “praia de banhos” é limitada a norte pelo promontório, visível na imagem, e a sul pelo porto de abrigo, inaugurado em 1983.
A distribuição das barracas no areal foi conhecendo também alterações, em função do aumento do número de turistas e da adaptação aos novos hábitos balneares. Se em tempos mais antigos eram dispostas paralelas ao mar, posteriormente passaram a estar organizadas em filas perpendiculares ao mar, feitas de panos às riscas de cores fortes, em contraste com as de antigamente, brancas e identificadas com o número e o nome do “banheiro”, que alugava as barracas e auxiliava os banhistas e que, hoje, deu lugar ao “nadador-salvador” restrito à vigilância e segurança na praia.

Saiba mais em “NAZARÉ. MEMÓRIAS DE UMA PRAIA DE BANHOS”, Museu Dr. Joaquim Manso / IMC, 2010, à venda na Loja do Museu.

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