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José Pessoa/ADF
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Bonifácio Lázaro Lozano (Nazaré, 1906 – Madrid, 1999)
Esboço para um quadro, 1977
Pastel e aguarela sobre papel
Oferta do autor, 1979
Museu Dr. Joaquim Manso inv. 97 Pint.
Conforme anotação manuscrita no canto inferior esquerdo, esta pintura é um estudo para uma obra posterior, com figuras e temática associada à Nazaré, onde o artista nasceu e viveu durante alguns anos.
Bonifácio Lázaro Lozano, de ascendência espanhola, nasceu em 1906 na Nazaré, localidade piscatória onde viviam seus pais com outros dois filhos. No ano seguinte, a família ruma a Setúbal, onde se estabelece com uma fábrica de conservas.
Cedo, Lázaro Lozano demonstrou gosto pela arte; foi aluno Veloso Salgado na Escola de Belas-Artes de Lisboa e conclui a sua formação em 1931, em Madrid, na Real Academia de Bellas Artes de San Fernando.
Em 1934, com uma bolsa de estudo dessa instituição, escolhe a Nazaré como destino por dois anos. Aqui, deixa-se impressionar pelas gentes do mar, pintando retratos individualizados ou cenas de grupos, com rostos vigorosos e fortes, mas também sofredores, envolvidos no desenrolar de atividades piscatórias ou em cenários indefinidos.
Com uma vida repartida entre Portugal e Espanha, a sua obra é vasta e distribui-se por várias fases, desde as formas mais simples a uma forte carga expressiva. Mas as figuras da Nazaré são uma presença constante.
Para além do Museu da Nazaré, Lázaro Lozano está representado noutras instituições, como o Museu José Malhoa (Caldas da Rainha), o Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa), o Museu Dr. Santos Rocha (Figueira da Foz) e o Museu de Setúbal (Convento de Jesus); em Espanha, destaque para o Museu de la Real Academia de San Fernando, o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madrid) e o Museo de Bellas Artes de Badajoz.
+ informação sobre esta e outras obras de Lázaro Lozano no Museu Dr. Joaquim Manso em MatrizNet
Registo de Santo ou Lâmina ou Chapa
"Milagre de Nossa Senhora da Nazaré", séc. XX
Virgínia Teixeira Peixoto, Sítio da Nazaré
diam. 13 cm
Doado por Noémia Tito Calixto, 1982
Museu Dr. Joaquim Manso inv. 330 Grav.
Em setembro, decorrem as Festas em Honra de Nossa Senhora da Nazaré, cujo dia se celebra no dia 8. O culto a Nossa Senhora da Nazaré motivou a criação de "lâminas" ou "lâmedas" ou "chapas", trabalhos populares com uma dupla função, votiva e recordação da deslocação do
peregrino ao Santuário.
Por norma são pequenos quadros (rectangulares, alguns circulares), preparados para serem suspensos na parede ou em pequeno
oratório.
São realizados a partir de uma gravura (“registo de santo” do Milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinho),
envolta por pormenores florais ou outros elementos alusivos ao mar e à
pesca, pintados a anilina ou realizados com colagens de papéis coloridos
e tecido. Protege a composição um vidro delimitado por filete colorido ou uma a “caixa de vidro” com moldura mais
ou menos elaborada.
Eram vários os “santeiros” que se dedicavam a este trabalho no Sítio da Nazaré. Entre eles destacou-se Virgínia Teixeira Peixoto,
de cujos trabalhos o Museu Dr. Joaquim Manso possui uma colecção
significativa, de que é exemplo a peça em destaque durante o mês de
setembro.
Este é um trabalho artístico popular com base num "registo de santo" do Milagre de Nossa Senhora da
Nazaré, coberto de acetato com moldura bordada por cercadura de duplo
foliculado; em volta desta moldura, um círculo igualmente em fio
metálico envolve lantejoulas avermelhadas com caule metálico
simbolizando flores; tem ainda um remate em forma de estrela, decorada
com duas fiadas de fio metálico, igualmente enfeitadas com lantejoulas
de cor vermelha e pétalas douradas.
Assenta num círculo de prata
verde, que, por sua vez, está colado em fundo de prata branca.Todo o conjunto está colado em
cartão e a moldura
é de formato circular em metal, com aselha metálica, suspensa por uma
fita de veludo vermelho, que agarra num motivo decorativo metálico para
pendurar.
+ informação em MatrizNet
Consultar outras lâminas "Objeto do Mês".