MDJM inv. 1852 Etn.
Acessório do traje feminino tradicional da Nazaré, localmente denominado “alzebêra” e confeccionado com retalhos de diferentes tipos de tecido (escocês, castorina, …).
Trata-se de uma bolsa que cinge à cintura da mulher por atilhos (um de cada lado). De corte arredondado, apresenta duas entradas na parte da frente e uma na posterior, que fecham com botão. É debruada a toda a volta por uma tira de tecido contrastante. Em situações de luto, também a algibeira usada é de cores escuras ou totalmente preta.
A algibeira tem um carácter verdadeiramente funcional, sendo usada para trazer o dinheiro e outros haveres ou “papéis de valor”, muitas vezes acompanhados por um “breve”, amuleto ou relíquia que, segundo a superstição popular e a crença religiosa, era uma forma de protecção.
Ainda hoje é usada diariamente pela mulher da Nazaré, sobretudo, pelas mais idosas que envergam o traje tradicional, resguardada sob a “saia de cima”, sempre do lado direito, e fixada à “saia de baixo” por um alfinete de dama.
Veja mais sobre o projecto "Conversas de Algibeira", entre o Museu Dr. Joaquim Manso e a Universidade Sénior da Nazaré.
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