Carnaval 1969
Letra A. Vitorino Laranjo
Museu Dr. Joaquim Manso inv. 329/94 Doc.
O Carnaval nazareno não se explica, sente-se…
Está no sangue dos nazarenos e, por isso, se distingue dos restantes, pela intensidade e espontaneidade com que é vivido.
Começa cedo!
A animação passa pelos BAILES, sejam eles de rua ou nas tradicionais “salas” (das coletividades). Os festejos iniciam-se com os famosos bailes de máscaras quatro semanas antes do Carnaval. Este ano, 2015, realizam-se nas seguintes datas:
17 janeiro, na Associação Recreativa Planalto
24 janeiro, na Associação Recreativa Pederneirense
31 janeiro, no Círculo Cultural Mar-Alto
7 fevereiro, no Casino Salão de Festas
Os bailes de máscaras são apenas um pretexto para antecipar esta festa que é o Carnaval, onde multidões de “ensaiados” (mascarados) se juntam para dançar e saltar e onde há também prémios para as melhores máscaras.
A alegria também vem à rua com vários bailes na Praça Sousa Oliveira aos domingos (dias 1 e 8 de Fevereiro, em 2015).
A 3 de fevereiro, cumpre-se a tradição da Romaria ao Monte de São Brás. Todos “ensaiados”, os nazarenos juntam-se para um piquenique e, à tarde, há também um baile, no sopé do monte, onde são apresentados os Reis de Carnaval (normalmente nazarenos). É esta data que marca o “arranque” oficial do Carnaval na Nazaré.
No sábado magro, desfilam pelas ruas os grupos femininos das Trotinetas, Tenantas e Alberqueiras, o grupo masculino mais antigo “Os Bicicletas” e um grupo misto “Os SaKanagem”.
Nos quatro dias de Carnaval (sábado, domingo, segunda e terça-feira), são realizados vários desfiles pela Marginal, com Grupos Carnavalescos e Carros Alegóricos, que saem à rua para mostrar a sua alegria. No domingo Gordo, “acorda-se” ao som de várias bandas infernais, que vão pelas ruas espalhando algazarra com tampas de panela e instrumentos diversos.
Durante este período, decorrem bailes noturnos nas várias salas, sempre muito concorridos. Estes duram até de manhã, sempre ao som de Marchas do Carnaval Nazareno – músicas e letras feitas exclusivamente para o Carnaval, por autores nazarenos e tocadas por bandas locais e que vão sendo apresentadas previamente, desde janeiro.
Sala de Baile do Casino, anos 1980 |
Os bailes são, assim, uma tradição deste Carnaval espontâneo e trapalhão. Cada sala e cada grupo tem a sua própria marcha, cuja letra gira em torno de um mote anual escolhido pelos grupos de Carnaval. Este ano, o mote é Carnaval 2015 “Largarem Barques e Remes”, uma expressão nazarena que se aplica em relação a alguém que tudo largou ou abandonou, que desistiu.
Este mês, em “jeito de festa”, o Museu Dr. Joaquim Manso destaca a Marcha do Salão Mar-Alto, do Carnaval de 1969, com letra de António Victorino Laranjo.
Quem ainda se recorda desta Marcha?
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